Matéria do jornal NE10.
A madrugada deste domingo (24) foi marcada por uma movimentação diferente no céu no município de Embu das Artes, localizado na Grande São Paulo. Um objeto voador não identificado (OVNI) foi visto por dezenas de moradores do local, que não demoraram em registrar o objeto luminoso e postar na internet.
Nas cenas podem ser vistas luzes azuis girando em torno de uma outra luz ao centro de uma espécie de disco. O ovni teria sobrevoado o céu da cidade entre a noite do sábado e a madrugada do domingo. Apesar da suposta "visita" ter durado bastante tempo, a Aeronáutica, em Brasília (DF), e a Polícia Militar, em São Paulo, informaram não ter registrado nenhuma ocorrência envolvendo Ovni em Embu das Artes entre a noite do sábado e esse domingo.
Parte dos expectadores do obejto viram o Ovni próximo a um cemitério, no bairro Santa Tereza. Confira abaixo o registro postado no youtube pelo internauta que usa o apelido de "dnniscanonico", que mostra detalhadamente o tal objeto:
Calma não é um ovni.
Matéria do fantastico.
A primeira aparição foi na quarta-feira passada (3), em Embu das Artes, na Grande São Paulo. O criador da nave não tem nada de extraterrestre. João Pelizari, de 42 anos, é casado e tem dois filhos.
Todo mundo olha para cima. Afinal, aconteceu de novo. “Ele sempre fica beirando as casas. O negocio até arrepia”, comentou o estudante João Pedro da Silva.
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Foi quarta-feira passada (3), 11 dias depois da primeira aparição em Embu das Artes, na Grande São Paulo. Daquela vez – e nessa agora – ficou todo mundo meio assustado. “Eu tenho medo desses negócios. Daqui a pouco, vou até para casa”, comentou a estudante Regiane Ramalho.
“A cidade acaba ficando mais famosa. Isso é bacana, traz mais turistas. A cidade já é turística e vai melhorar”, acredita o engenheiro André Andrade Santos.
E como seria o piloto da nave? “Deve ter uma mega cabeça. Os braços fininhos, com dedinhos. Deve ser muito feio”, brinca o estudante Ivan Robson Diogo.
O Fantástico desvenda esse mistério. Achamos o criador da nave. E de extraterrestre ele não tem nada. João Pelizari, 42 anos, mora em Embu das Artes mesmo, é casado e tem dois filhos.
“Os amigos sabiam e sempre viam, comentavam com as crianças. Elas falavam: ‘Olha, eu vi seu disco voador. Esse cara deve ser algum ET’”, contou o João.
João é mecânico. Há três anos, sofre de dores na coluna. Parou de trabalhar e vive com dinheiro do auxílio-doença do INSS. “Quem sempre trabalhou e gosta de trabalhar sente falta. Eu acho que a gente tem que estar fazendo alguma coisinha, tudo na medida do possível”, diz o mecânico João Pelizari.
João é muito talentoso. Parentes e amigos dizem que é coisa de outro mundo. Veja em vídeo as pinturas que ele fez. “É 100% dele”, diz o pai, orgulhoso do filho. Mas o que o mecânico gosta mesmo é inventar coisas, de preferência que voam. E toda essa criatividade surgiu quando João tinha 7 anos e se encantou com os mistérios de um simples aviãozinho de papel.
“Desdobrei várias vezes até eu aprender a fazer. Ele atravessou um campo de futebol voando. Isso abriu minha cabeça. Falei: ‘Nossa, que maravilha’. Estou voando até hoje”, conta o mecânico.
Todo mundo está curioso para saber de onde surgiu a ideia da nave que chamou a atenção do Brasil duas semanas atrás. “Foi um trabalho que a gente fez com paciência e com tempo. Demorou meses”, disse o mecânico.
A pedido do Fantástico, ele fez outra nave, um pouco menor que a primeira. A nave, na verdade, é uma estrutura em forma de cone, feita com linha e varetas de fibra de vidro.
“Vai fazer a circunferência de LEDs, essas pequenas luzes com intensidade muito forte. São 31 LEDs mais 15 no centro”, ensina.
A estrutura é levinha: tem cerca de 50 gramas. O que mais pesa é a bateria de celular. “A energia dela é para manter tudo isso funcionando. Essa adaptação é para que ligasse e desligasse quando movimentasse a linha”, mostra o mecânico.
Como a nave sai do chão? “Ela está pendurada na linha da pipa. Quem está embaixo não vê a pipa, porque a pipa fica a uns 300 metros acima”, explica.
A nave do João consegue ficar paradinha no céu. Até parece disco voador. “O que dá sentido para a coisa é fazer bem feito, e eu tenho esse defeito: sou perfeccionista”, afirma.
Durante vários dias, tentamos fazer a nave voar, mas faltou vento. Isso até quarta passada (3). “O vento acho que está ótimo hoje”, disse o mecânico.
Naquela noite, tudo estava ótimo. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o vento era de 33 quilômetros por hora. Perfeito para a nave do João voar.
Chegamos à casa da sogra do João. A laje é o ponto de lançamento. Primeiro, vai a pipa, que logo some na escuridão. Depois ele amarra a nave na linha. Com um pequeno tranco na linha, o espetáculo começa.
Enquanto isso, uma outra equipe do Fantástico acompanha a reação dos moradores. “Deve ser um óvni, sei lá”, apostou um jovem.
Era o fim do mistério. O trabalho do João é digno de palmas. O inventor de Embu das Artes também é um cara preocupado com a comunidade. “A gente tem que trazer de volta. Não tem que poluir nada e não tem que cair na casa de ninguém, inclusive a bateriazinha. A gente recupera tudo”, diz.
O mecânico só não conta um segredo. “É o motor da nave. É o que faz ela girar constantemente. Esse ninguém vai ver. Um dia, quem sabe, eu vou patentear e ele vai gerar energia para milhões de brasileiros”, promete.
Enquanto isso, o jeito é aguardar a próxima aparição de uma nave do João, que parece disco voador, mas é desse mundo mesmo.
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